Adolescência e suicídio
Autor: Dra. María Elena Francia Reyes | Publicado:  19/07/2008 | | |
Adolescência e suicídio.5


- Rigidez familiar, com dificuldades para intercambiar critérios com as gerações mais jovens. Situação de acenamento, o que em ocasiões se traduze pela convivência de varias gerações num breve espaço, o qual impede a intimidade e a solidão criativa dos seus membros.

- Dificuldades para demonstrar afetos em forma de caricias, viejos, abraços e outras manifestações de ternura. Autoritarismo ou perda da autoridade entre os progenitores.

- Inconsistência da autoridade, permitindo condutas que tem sido anteriormente reprovadas. Incapacidade dos progenitores para escutar as inquietudes do adolescente desconhecimento das necessidades biopsicosociales.

- Incapacidade de apoiar plena e adequadamente a seus membros em situações de estouro. Exigências desmedidas ou total falta de exigência com as gerações mais jovens. Chamadas de atenção ao adolescente que geralmente adquirem um caráter humilhante.

 

Se os pais estão divorciados mas convivem no mesmo lugar, o adolescente é utilizado como ponta de lança dum deles contra o outro e se lhe trata de criar uma imagem desfavorável do progenitor em contra de quem se tem realizado a aliança. Incapacidade para abordar os assuntos relacionados com a sexualidade do adolescente, a seleção vocacional e as necessidades de independência. Os elementos abordados com anterioridade são muito freqüentes nas famílias dos adolescentes com risco suicida, mas não são os únicos. É muito possível que você possa incrementar esta lista com experiencias conhecidas.

 

 

III- Psicopatología do adolescente que constitui uma predisposição a cometer suicídio.

 

Se considera que quase a totalidade das pessoas que se suicidam são portadores duma doença mental diagnosticável, o qual tem sido amplamente abordado nas investigações realizadas mediante as autopsias psicológicas. Nos adolescentes este postulado também se cumpre e se considera que a maioria dos que se suicidam pôde ter padecido algumas das seguintes doenças:

 

Depressão. Trastoros de Ansiedade. Abuso de álcool. Abuso de drogas. Transtornos incipientes da pessoalidade. Transtorno Esquizofrênico.

 

Os seguintes rasgos ou atributos da pessoalidade do adolescente que se convertem em fatores de risco para cometer suicídio são:

 

• Instabilidade do ânimo.

• Conduta agressiva.

• Conduta dissocial.

• Elevada impulsividade.

• Rigidez de pensamento e terquedade da conduta.

• Pobres habilidades para resolver problemas.

• Incapacidade para pensar realistamente.

• Fantasias de grandiosidade alternando com sentimentos de inferioridade.

• Sentimentos de frustração.

• Manifestações de angústia ante pequenas contrariedades.

• Elevada autoexigencia que supera os limites razoáveis.

• Sentimentos de ser rejeitado pelos demais, incluindo os pais u outras figuras significativas.

• Vaga identificação genérica e orientação sexual deficiente.

• Relação ambivalente com os progenitores, outros adultos e amigos.

Antecedentes de haver realizado uma tentativa de suicídio.

• Freqüentes sentimentos de desamparo e desesperança.

• Freqüentemente se sentem feridos com a mais mínima crítica.

 

Estes são alguns dos rasgos que predominam entre os adolescentes que ao estar sometidos às chamadas situações de risco podem apresentar uma conduta suicida. Como é conhecido, eles se vêem involucrados em maior número de eventos vitais desfavoráveis que seus pares não suicidas.

 


Cuidado.

 

O adolescente atua de forma impulsiva, depois duma contrariedade, sente uma angústia insuportável e pretende escapar mediante o suicídio, reclamar apoio ou castigam aos seus pais.

 

Existem outros componentes relacionados com a crise suicida do adolescente como a ingestão de álcool ou drogas, e a história familiar de suicídio que pode escurecer a vida duma pessoa e afetar a várias gerações.

Sejam quias forem, especialmente os adolescentes num momento especial da vida, podem chegar a pensar que esta não tem sentido e ante situações como a gravidez oculta não desejado, doenças físicas com limitações ou doenças mentais, a perda duma relação valiosa e as dificuldades comuns da vida diária, fazem que o adolescente pouco tolerante veja nesse ato a única solução a seus problemas.

É mais freqüente em adolescentes do sexo feminino, mediante o uso de tabuletas, aliás isto relacionado com os meios disponíveis a seu alcance no momento
da crise.

 

No comportamento suicida dum adolescente devemos valorar as ideais, as amenaças suicidas com expressões verbais ou escritas, o gesto suicida, é dizer a amenaza com os meios disponíveis, o intento de auto-eliminação, que é o ato sem resultado de morte e o fato consumado.

 

É de muita importância e utilidade no adolescente explorar as ideais suicidas que podem expressar-se no desejo de morrer com a representação suicida e adequada planificação ou não, da ação a primeira é a forma mis grave.

 


Fatores protetores

 

Entre os fatores protetores do suicídio se encontram os seguintes:

 

1- Possuir habilidades sociais que lhe permitam integrar-se aos grupos próprios da adolescência na escola e na comunidade de forma positiva

2- Possuir confiança em si mesmo, para o qual deve ser educado destacando seus êxitos, tirando experiências positivas dos fracassos, não humilhá-los nem criar-lhes sentimentos de inseguridade.

3- Ter habilidades para enfrentar situações de acordo a suas possibilidades, o qual lhes evitará submeter-se a eventos e contingências ambientais nas que provavelmente fracassará, reservando as energias para abordar aquelas empresas nas que possa triunfar.

4- Ter capacidade de autocontrole sobre seu próprio “destino”, como diria o poeta chileno Pablo Neruda, quando expressou: “Você é o resultado de você mesmo”.

5- Possuir e desarrolhar uma boa adaptabilidade, responsabilidade, persistência, perseverança, razoável qualidade de ânimo dos níveis de atividade.

6- Aprender a perseverar quando a ocasião o requeira e a renunciar quando seja necessário.

7- Ter boa auto-estima, auto-imagen suficiência.

8- Desarrolhar inteligência e habilidades para resolver problemas.

9- Saber buscar ajuda em momentos de dificuldades, acercando-se à mãe, o pai, os avôs, outros familiares, um bom amigo, os professores, o médico, o sacerdote ou o pastor.

10- Saber pedir conselhos ante decisões relevantes e saber escolher a pessoa mais adequada para brindá-los.

11- Ser receptivo às experiências ajenas e suas soluções, principalmente aquelas que tem tido exitoso desenvolvimento.

12- Ser receptivo ante as novas evidências e conhecimentos para incorpora-los ao seu repertorio.

13- Estar integrado socialmente e ter critério de pertenencia.

14- Manter boas relações interpessoais com companheiros de estudo ou trabalho, amigos, professores e outras figuras significativas.

15- Ter apoio dos familiares e sentir que se lhe ama, se lhe aceita e apóia.

16- Lograr uma autêntica identidade cultural.

17- Possuir habilidades para utilizar adequada e sadiamente o tempo livre.

18- Evitar o consumo de sustâncias aditivas (café, álcool, drogas, tabaco, fármacos, etc.)

19- Aprender a pospor as gratificações imediatas por aquelas a largo prazo que dem resultados duradeiros.

20- Desarrolhar uma variedade de interesses fora de casa que lhe permitam equilibrar as dificuldades na casa se as tivesse.

21- Saber expressar a pessoas confiáveis aqueles pensamentos dolorosos, desagradáveis e muito incômodos, incluindo as idéias suicidas ou outras, por muito loucas que puderem parecer.

 


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